Chega um momento na carreira de um executivo em que o seu horizonte desejado de atuação pode não ser mais o mesmo da empresa em que ele atua. Se a companhia ainda não possui um plano sucessório que irá suportar a compatibilização destas duas ambições, está na hora de iniciar a preparação. Esse tema é tão importante para executivos e companhias que investir em um plano de sucessão está entre as cinco prioridades das empresas para os próximos três anos, segundo o estudo CEO Vision Revisited, conduzido pela Korn/Ferry International.
Algumas das habilidades mais desejadas – criatividade e inovação – nos executivos que irão reger este processo refletem a preocupação com a complexidade dos desafios dos negócios, tanto atualmente como para um futuro próximo. Os profissionais e as empresas precisam se preocupar com seu desenvolvimento, pois, segundo o mesmo estudo, a cada cinco líderes ouvidos, um considera que há carência de maturidade e experiência em suas equipes. Preparar os líderes é, portanto, fundamental.
Mas antes de investir em um executivo, é preciso encontrá-lo. E onde estão os talentos? Os líderes precisam ter um envolvimento pessoal no planejamento da sucessão para que ela ocorra apropriadamente. Isso significa que eles precisam abrir espaço para preparar profissionais que estejam na mesma organização ou para investigar no mercado. E está ação deve envolver também os talentos mais novos ou os que acabam de chegar à companhia.
Se todos os líderes tiverem a preocupação de olhar, entender e identificar onde estão os bons profissionais, além de melhor prepará-los, as opções para o sucessor irão “borbulhar”. E a escolha poderá ser muito mais rica, abarcando inclusive novas opções para compor o comitê executivo.
O planejamento no treinamento e preparo do profissional deve acontecer com todo o cuidado, pois dificilmente um talento está totalmente pronto. O executivo, em geral, precisa ganhar novos ingredientes, desenvolver habilidades e novas competências. Seja atuando em uma nova área, seja proporcionando uma vivência internacional. Esta fase é imprescindível para o momento de assumir novas responsabilidade e posições.
A condução de um plano sucessório também não pode ser vista como um risco para a própria posição. Quando o executivo toma conta do seu plano de sucessão ele está garantindo a mudança que muitas vezes já se faz necessária na empresa. A sucessão deve ser parte natural da ordem das companhias, porque todo profissional tem um ciclo e chega um momento em que é necessário passar para o próximo. Por isso, o preparo antecipado é imprescindível para encarar uma nova realidade com mais segurança e responsabilidade.
*Jairo Okret é Sócio-Diretor Sênior da Korn/Ferry, responsável pela Especialização da Firma em Tecnologia. Rodrigo Araújo é Sócio-Diretor Sênior, responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde.
Fonte: você RH
Postado por Pedro Andrade
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