sábado, 20 de novembro de 2010

Fazer do jeito certo


O crescimento e a vitalidade de qualquer companhia estão intrinsecamente ligados à sua relevância para a sociedade e à importância que ela dá para seu capital humano. Mas quais as políticas de gestão de pessoas em uma empresa sustentável? Sabe-se que já não basta apenas investir em projetos isolados voltados para meio ambiente, atualmente, é preciso associar os objetivos e os valores do negócio às questões da responsabilidade social e criar essa mentalidade em todos os colaboradores.
"A sustentabilidade das empresas tem de começar pela sustentabilidade das relações humanas", disse Vicky Bloch, sócia-diretora da Vicky Bloch Consultoria na palestra Gestão (in) sustentável de pessoas - contradições entre discurso e prática. Ela explicou que, por trás disso, está a escolha do líder, que deve ter consciência que esta ali para motivar e servir a sua equipe e, acima de tudo, para disseminar os valores e crenças da companhia aos colaboradores. "Ser líder deveria ser uma escolha pessoal de cada um, pois é um ato de cidadania", completou.
Na visão de Françoise Trapenard, vice-presidente de recursos humanos da Telefônica, a sustentabilidade está sendo pensada dentro da empresa, mas não para a empresa. "Assim, não passa de um conceito e não acrescenta nada aos profissionais", afirmou. Segundo ela, é preciso ter uma relação sustentável dentro da organização e o RH deve ser o porta-voz nessa questão. "Só assim teremos equipes felizes, que saibam transformar o estresses em um estímulo para o trabalho", disse. De acordo com Françoise, para manter o equilíbrio dentro do ambiente de trabalho é necessário que as pessoas tenham espaço para conversar e se distrair, e mantenham uma relação amigável com os demais colaboradores.
Por outro lado, o psiquiatra Paulo Gaudêncio, chamou atenção para o que acontece com o ser humano quando ele vive constantemente sobre pressão, seja em seu ambiente de trabalho, seja em sua casa. "Se de um lado, quando as pessoas estão passando por grandes dificuldades e possuem pouca habilidade, adoecem. Por outro, quando existe muita habilidade e pouca dificuldade, ficam no tédio. "É preciso que o RH encontre um ponto de equilíbrio, observe todos colaboradores e as tarefas que desenvolvem para que não aconteça nenhum dos extremos", finalizou.
Vicky concordou com Gaudêncio e acrescentou que a área de recursos humanos precisa, também, criar atividades para melhorar o clima organizacional e para motivar os funcionários. "As ações não precisam ser grandes e, sim, terem potencial", concluiu.


Fonte: Revista Melhor

Postado por Pedro Andrade

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